Enquanto crises e racionamentos de água se tornam mais comuns no mundo todo, cidades que priorizam a gestão da água e aumentar sua segurança hídrica se saem melhor em atração de investimentos e financeiramente.
Sem segurança hídrica não vai. Sem políticas públicas de dimensionamento de volume de água, sem monitoramento e planejamento da quantidade existente e margem de segurança não funciona.
A disponibilidade de água em qualidade e quantidade suficientes para satisfazer as necessidades humanas, as atividades econômicas e a conservação de ecossistemas é fundamento básico para a prosperidade de qualquer região.
Urge a necessidade de se estabelecer um conjunto de práticas voltadas para a redução de riscos relacionados à falta de água e à má gestão desse recurso.
Segurança hídrica tem a ver com “assegurar o acesso sustentável à água de qualidade, em quantidade adequada à manutenção dos meios de vida, do bem-estar humano e do desenvolvimento socioeconômico”.
Ou seja, existe segurança hídrica quando há disponibilidade de água em quantidade e qualidade suficientes para toda a sociedade utilizar e para os negócios crescerem, sem que isso afete os ecossistemas aquáticos.
A avaliação da segurança hídrica envolve entender a disponibilidade desse recurso natural na região, bem como os diferentes riscos envolvidos com a má gestão da água localmente.
Fazer o dever de casa é imprescindível para o êxito da segurança hídrica. E, ainda que os exemplos tenham sido severos com a região da Serra Geral, a realidade está divorciada do ideal: a gestão do volume, a estrutura, o direcionamento de cultivares, a previsão e outros não convergem à sustentabilidade.
Em rápida análise, justiça seja feita, a escassez de água por aproximadamente dez anos(2009/2018), que castigou a região, foi irretocavelmente administrada.
No entanto, um dos principais problemas que levou a restrição a 73% do uso de água para irrigação dos perímetros irrigados Lagoa Grande, em Janaúba e Gorutuba, em Nova Porteirinha foi ocasionado, sobretudo, pelo desperdiço e pelos cultivares de grande consumo, e houve pouca mudança de lá pra cá.
A prometida substituição da canalização por tubos que faria economizar volume considerável, empaca na falta der recursos para conclusão da obra.
O dinheiro posto até agora ainda não teve utilidade real ao seu propósito.
Para se ter uma ideia, nos três últimos anos a recarga no lago Bico da Pedra foi positiva.
O volume de água que chegou a 19 metros do volume de transbordamento da barragem, chegou este ano 2022, a pouco mais de 4 metros.
Então, o problema não é a chuva, são as pessoas.