A Polícia Civil de Montes Claros efetuou na tarde dessa quarta-feira (12), a prisão de quatro pessoas envolvidas com tráfico de drogas, e lavagem de dinheiro na cidade.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Doutor Alberto Tenório as investigações tiveram início desde 2020 quando o líder da facção deixou a prisão. A PC informou que em meio à pandemia o esquema conhecido como “Tele Pó” tomou proporção em Montes Claros, Norte de Minas; e no caso desses investigados as substâncias eram vendidas na área mais nobre da cidade, sendo os bairros Jardim São Luiz e Ibituruna.
O delegado disse em entrevista coletiva que entre os detidos estão três homens e uma mulher, um deles tem 28, outro 32 e o líder 37, já a mulher tem 24 anos de idade, dois deles residem no bairro Ibituruna e outros no bairro Novo Delfino. Com eles foram apreendidos entorpecentes, aparelhos, celulares, duas máquinas de crédito e R$ 5.000,00 mil.
Em meio às investigações a PC descobriu que o chefe do esquema é dono de uma lanchonete no bairro Ibituruna, que foi fechado. O delegado conta ainda que o homem era procurado pela polícia civil do estado da Bahia por envolvimento de assalto a bancos e morte de agentes de segurança pública e tráfico de drogas.
A PC efetuou três prisões temporárias e outro mandado de busca que resultou na prisão em flagrante de um dos membros nessa quarta-feira no momento em que ela deslocava para realizar a entrega de 16 papelotes de cocaína no bairro Ibituruna. Todas as contas e bens dos detidos foram bloqueados pela justiça.
Alberto Tenório conta que os pagamentos eram feitos também por PIX e dinheiro em espécie. E que a todo o momento eram feitos depósitos nessas contas pelas pessoas que adquiriam as substâncias.
LAVAGEM DE DINHEIRO
A PC informou que irá investigar outras pessoas e também descobrir se existem “laranjas” em relação à lavagem de dinheiro.
O delegado conta que a lanchonete servia para lavagem de dinheiro e o dono misturava os valores do tráfico com os do estabelecimento pois tudo estava em seu nome e assim tentar confundir qualquer investigação.
No início do ano a PC identificou a entrega dos entorpecentes em um bar no bairro São Luiz para um profissional da saúde de classe média alta em Montes Claros. Segundo o delegado essas pessoas vão responder pelo uso constante e ainda avisavam para o traficante como ele deveria agir, pois a polícia poderia estar de olho naquele entregador.
Todos os envolvidos estão em prisão temporária durante 30 dias podendo ser prorrogada para a PC dar continuidade nas investigações até sair a definitiva.