Com extensa programação em Montes Claros, Coletivo Teatral Cia Acômica retoma as atividades

Espetáculo "Lusco-Fusco ou Tudo Muito Romântico". Foto: Divulgação.
Espetáculo “Anjos e Abacates”. Foto: Divulgação.

Fundada em 1995, a Cia Acômica é um coletivo teatral que nasceu na capital mineira e, após 27 anos de história, migrou sua sede em 2022 para Montes Claros, com o intuito de atuar em todo o Norte de Minas. Além das criações artísticas de enorme sucesso, e do reconhecimento mútuo da crítica e do público, a companhia sempre atuou na projeção da arte e da cultura como aspectos que extrapolem os limites do simples entretenimento, sendo essenciais na formação da bagagem cultural e social do indivíduo e de um povo como um todo.

Desse modo, têm uma vasta lista de espetáculos bem-sucedidos, diversos projetos e programas que incluem ações de formação e reciclagem de artistas, técnicos do setor e formação de públicos. Além disso, a Cia tem influenciado positivamente os indivíduos e os locais onde atua, estabelecendo um forte elo entre ARTE E COMUNIDADE.

Como explica o gestor da Companhia, Nelson Júnior, em 2022, as ações serão desenvolvidas com foco no norte de Minas, fundamentadas em dois programas já existentes, Cia Acômica RECEBE e Cia Acômica FORMAÇÃO. “O Cia Acômica – RECEBE reúne espetáculos diversificados de música, teatro, dança e circo  de variadas vertentes e de diversas cidades do Brasil e do Mundo. Os grupos possuem vivências e notório reconhecimento dos seus trabalhos artísticos. Ao receber estes artistas e seus espetáculos, são proporcionadas trocas de saberes com o setor artístico e com a comunidade local. E o Cia Acômica – FORMAÇÃO promove de forma sistêmica a formação de velhos e novos públicos, incentiva novos talentos, e promove a reciclagem de artistas e técnicos do setor”, comentou.

O gestor ainda ressalta que as atividades programadas para este ano tem o intuito de contribuir para o desenvolvimento cultural, econômico e social da região. Em Montes Claros, por exemplo, será aplicado o programa “CENTRO HISTÓRICO VIVO!!! CENTRO CULTURAL ATIVO!!! ECONOMIA PULSANTE!!!”. Ao passear ou passar pela Praça da Matriz, agora toda reformada, percebe-se que que além de um espaço importante de lazer, passeios e conversas, é também um dos cartões postais de Montes Claros com um grande potencial para de impulsionar o desenvolvimento econômico, artístico, cultural  e turístico de Montes Claros e Norte de Minas.

“A nossa proposta é promover uma extensa programação artística plural e diversificada para o ano movimentando diversos espaços da Praça. “Pretendemos, com isso, estender nossas ações em outras vertentes como: Incentivo às exposições na galeria do Centro Cultural; Manutenção de atividades artísticas constantes na praça com apresentações regulares de música, teatro, dança, entre outras; Complementar a agenda de programação do Centro Cultural, promovendo uma série de apresentações neste espaço com linguagens distintas e conectando o espaço à produção artística contemporânea, sem deixar de lado as tradições; e ainda articular e compartilhar a nossa programação com pipoqueiros, o moço do algodão doce, a moça do pralinê, a quitandeira do acarajé, o moço dos balões de gás e outros pequenos empreendimentos que se referem à tradição de  praças para que possam estar sempre presentes nos dias e horários das programação  de eventos na Praça”, pontuou Nelson.

Desta forma cria-se um ambiente propício ao desenvolvimento do comércio da praça, buscando e incentivando empreendimentos mais voltados ao negócio da cultura, formando um ambiente aconchegante para passeios e a visita na praça mais atrativa e longínqua. Assim, transformando a Praça no principal cartão postal turístico, cultural e artístico da cidade e do Norte de Minas.

Sobre a CIA Acômica

Espetáculo “Lusco-Fusco ou Tudo Muito Romântico”. Foto: Divulgação.

A Cia. Acômica é composta por profissionais formados pelo Teatro Universitário da UFMG e seu primeiro trabalho resultou no espetáculo “As Criadas”, texto de autoria de Jean Genet, sob direção de Raquel de Albergaria.

A montagem obteve êxito junto ao público e à crítica especializada, sendo inclusive premiado no Estado de São Paulo. O grupo, desde então consolidado, tem como objetivo pesquisar uma linguagem própria, centrada na figura do ator, baseada numa interpretação não realista e na utilização cênica de espaços não convencionais. Nos anos de 1997 e 1998 produzimos oficinas que visavam o aprofundamento de estudos sobre técnicas adequadas ao treinamento corporal do ator, cujo conteúdo é livre de qualquer sentido puramente ginástico.

Em 1999, a Cia. Acômica produziu o espetáculo infantil “Anjos e Abacates”, texto de Eid Ribeiro, sob a direção de Kalluh Araújo. A Montagem recebeu o prêmio “Coca-Cola no Teatro” e estreou na capital paulista, sendo indicada a vários prêmios entre as melhores produções infantis de São Paulo, no ano de 1999. O espetáculo fez temporada em 2000 e 2001 em Belo Horizonte, sendo indicado a vários prêmios entre as melhores produções de Minas Gerais, e também se apresentou em cidades do interior mineiro e outros estados. Em agosto de 2001, estreou o espetáculo “Lusco-Fusco ou Tudo Muito Romântico”, no Galpão Cine Horto. Participou, ainda, da 28ª Campanha de Popuilarização, no Centro Cultural da UFMG; logo em seguida, foi indicado ao Prêmio Amparc Bonsucesso em várias categorias. Em março de 2002, foi convidado a representar o Brasil no 14 FIT Caracas, na Venezuela.

Entre os anos de 2000 até 2011, manteve sede própria no Bairro São Geraldo, em Belo Horizonte, onde desenvolveu os programas e conceitos de Arte e Comunidade e aplicou por vários anos o projeto Cia Acômica de Portas Abertas a Comunidade, que além de espaço de ensaios e criação, passou a desenvolver cursos e oficinas para a região atendendo crianças, adolescentes, jovens e terceira idade, com diversas atividades formativas para a classe artística. Naquele mesmo momento, começou a por em prática o programa Cia Acômica Recebe.

Principais trabalhos: espetáculos “As Criadas”, “Anjos e Abacates” e “Lusco-Fusco ou Tudo Muito Romântico”, e “Arena de Tolos”. E ainda o Livro  reflexivo sobre seus dez anos de trabalho, seu  histórico, seus fundamentos e sistemas de pesquisa atoral e o texto dramatúrgico “Lusco-Fusco”, que foi elaborado a partir de um processo colaborativo entre atores, diretor e dramaturgos.

Programação

Maio

1º de Maio – Dia do Trabalhador

Intervenção Cênico- Sonora na Praça da Matriz

Invasão de sons e cores

ABERTURA DA PROGRAMAÇÃO 2022

Nesta data, haverá um encontro com todos os músicos selecionados para o projeto Solos Instrumentais da Praça da Matriz e ainda haverá diversos artistas circenses: malabaristas, palhaços, pernas-de-pau, atores, bailarinos, performers e  muitos balões coloridos, carrinhos de pipoca, objetos voadores e bolhas de sabão. A Invasão de cores na praça vai marcar a abertura das ações da Cia Acômica 2022.

Foto: Divulgação.

Maio a Julho

Solos Instrumentais da Praça da Matriz

Essa ação ocorrerá em todos os Domingos, na Praça da Matriz, logo após a Missa matinal. A partir de 1⁰ de Maio, até 31 de Julho, músicos com instrumentos acústicos se apresentarão livremente e de forma simultânea para todos.

Toquem o piano

Recitais de piano no teatro do Centro Cultural com uma boa regularidade, sempre às 11h nos domingos, logo após as apresentações dos solos instrumentais.

Maio

Cia P’atuá- Belo Horizonte: Espetáculo “Pai” com o ator global Glicério Rosário

O espetáculo apresenta muitas perguntas e não pretende respondê-las. O objetivo é colocar dúvidas na cabeça do espectador, fazendo com que a reflexão seja plena. Quais as implicações psicológicas e, consequentemente, comportamentais quando um homem amplia sua ação como pai? Quando ele passa a se envolver afetivamente no cuidado dos filhos para além da função tradicional do prover? Como a sociedade patriarcal se reconfigura ao abandonar o paradigma de um “pai” violento, machista ou ausente? A partir desses questionamentos, o ator leva o público a refletir sobre a esfera pública. Pai/Estado que cuida (ou não) do filho/cidadão. Ampliando e problematizando estas relações sociais e entre as esferas pública e privada, indagamos: como a conscientização por parte de pais, nesta nova perspectiva de paternidade, interfere nas configurações dos modelos institucionais, das relações entre Estado e cidadão? Como dialogam?

OFICINAS

Técnica de ator por Glicério Rosário

Treinamento Psicofísico do Ator – Técnica Cia Acômica por Cláudio Márcio

OFICINA DE ILUMINAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS NAS ARTES CÊNICAS, por Geraldo Octaviano

Tournée nas seguintes cidades:

Bocaiuva

02 sessões do espetáculo PAI

Centro Cultural Henfil

Foto: Divulgação.

Montes Claros

04 sessões de “PAI”

Centro Cultural Dr. Hermes de Paula – Sala Cândido Canela

Oficinas: 16 a 21 de Maio

Horários: período da tarde e Noite

JULHO

Montes Claros

NOITES DE GALA: AMOR EM LÁGRIMAS

Recital lírico popular com a internacional cantora lírica Silvia Klein e do renomado pianista Wagner Sante, sob a direção cênica e performance de Andrea Dario.

DATA: 22 e 23 de Julho às 20h

LOCAL: teatro do Centro Cultural Dr. Hermes de Paula

Encontro da equipe artística para trocas de Experiências com artistas locais

Local: Centro Cultural

Data e horário a definir

SETEMBRO

Cia Luna Lunera – Belo Horizonte – BRASIL

Apresentação de dois espetáculos do repertório da internacionalmente reconhecida Cia. Luna Lunera.  E ainda duas oficinas Ministradas pelos integrantes do coletivo.

OUTUBRO/NOVEMBRO

Estreia Nacional

TARSILA

Montagem da obra de Maria Adelaide Amaral

Em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, estreará a montagem do espetáculo TARSILA, de Maria Adelaide Amaral: com temporada regular de quinta a domingo, além de apresentações extras durante as semanas para as escolas.

A Leitura Dramática Encenada do texto teatral Tarsila, obra biográfica sobre Tarsila do Amaral, foi apresentada no Centro Cultural Hermes de Paula em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna,  em fevereiro de 2022. A apresentação única foi de grande sucesso de crítica e repercutiu  na cidade. Com várias pessoas solicitando mais apresentações.

A encenação contará com a direção e atuação de Nelson Bam Bam Júnior (Oswald de Andrade), de Mírian Walderez (interpretando Tarsila), Dóris Araújo (Anita Malfatti) e Aroldo Pereira (Mário de Andrade).

A montagem estreará em novembro e cumprirá uma temporada regular de três semanas, de quinta a domingo, às 20h, e alguns dias da semana pela manhã, onde proporcionará  visitas de alunos das escolas privadas e públicas guiadas, que também serão guiados à Praça da Matriz, onde será apresentada a importância histórica e social do espaço para a cidade de Montes Claros.