Mesmo após aumento salário mínimo do Brasil ainda é o 15º da América Latina

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A América Latina vive as consequências da pandemia da Covid-19 em diversos setores da economia. Desemprego, escalada da inflação e desvalorização de moedas foram alguns dos estragos feitos pela crise. Com isso, o poder de compra do salário mínimo despencou nos últimos anos.

No Brasil, a proposta inicial enviada pelo governo ao Congresso estipulava piso salarial de R$ 1.169 para 2022. No entanto, foram necessários ajustes devido à inflação mais alta do que o previsto. Por fim, o valor ficou em R$ 1.212. Com base na semana média reconhecida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 220 horas, o valor da hora de trabalho é de R$ 5,51.

Na cotação atual, o salário mínimo brasileiro equivale a cerca de US$ 224, com a hora de trabalho a US$ 1,01. Entre os 20 países da América Latina, o valor fica em 15º lugar.

Só cinco países ficam abaixo do Brasil nesse quesito:

  • República Dominicana – piso salarial de US$ 205;
  • Nicarágua – US$ 125;
  • Cuba – US$ 79;
  • Haiti – US$ 74;
  • Venezuela – US$ 1,52.

O caso venezuelano é o mais crítico. Desde o anúncio do piso, em maio de 2021, o poder de compra no país caiu 30%. Atualmente, a hora trabalhada vale apenas US$ 0,006.

Segundo o Centro de Documentação e Análise Social da Federação de Professores da Venezuela, o preço da cesta básica no país é de US$ 340. Ou seja, a população local precisaria de 156 salários mínimos para comprar uma cesta básica.

[Com informações de Metrópoles]