O Ministério da Educação decidiu mudar as regras para o ensino superior a distância no Brasil. A partir de agora, cinco cursos não poderão mais ser oferecidos totalmente no formato online: Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia. A medida busca garantir mais qualidade e segurança na formação dos profissionais dessas áreas, que exigem prática e contato direto com a realidade da profissão.
Segundo o MEC, cursos de licenciatura e outras graduações da área da saúde também deverão seguir critérios mais rígidos. Esses cursos só poderão funcionar presencialmente ou, em alguns casos, de forma semipresencial — ou seja, combinando aulas online com atividades presenciais. O objetivo é assegurar que os futuros professores e profissionais da saúde tenham uma base sólida de conhecimento teórico e prático.
As faculdades terão até dois anos para se adaptar às novas exigências. Já os alunos que estão matriculados em cursos que hoje funcionam totalmente a distância poderão continuar normalmente até a conclusão da graduação. As mudanças valem apenas para novas turmas que forem abertas após esse prazo.
A decisão do MEC vem em meio a um crescimento acelerado dos cursos a distância no Brasil. Nos últimos cinco anos, a modalidade EaD cresceu mais de 200%, e já atrai o dobro de alunos em comparação aos cursos presenciais. Com isso, o governo decidiu revisar a expansão do ensino remoto para garantir que a formação acadêmica acompanhe as demandas do mercado e da sociedade.
