⁠Paris 2024: atletas contam com fraldário e espaço para amamentação pela primeira vez

O espaço na Vila Olímpica é destinado a bebês em fase de amamentação ou que ainda usam fraldas.

A atenção à primeira infância e o incentivo à amamentação chegaram às Olimpíadas de Paris. Pela primeira vez na história dos Jogos, atletas pais e mães têm à disposição um espaço para dar suporte a seus filhos pequenos que os acompanham na competição.

Localizado na Vila Olímpica e Paralímpica, o espaço de 12m² é voltado para bebês que estão em fase de amamentação ou que ainda usam fraldas. A sala é fornecida e mantida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e pelo Comitê Organizador das Olimpíadas de Paris 2024.

O local funciona diariamente das 9h às 21h e oferece uma sala privada para amamentação, fraldário, berços, geladeira, micro-ondas e um espaço recreativo com brinquedos, livros e desenhos lúdicos. Além disso, há fraldas e lenços umedecidos à disposição dos pais.

Para utilizar o espaço, os atletas interessados devem se cadastrar e solicitar um passe para o bebê e para o responsável pelos cuidados da criança. O berçário não oferece monitores ou educadores, apenas pessoas responsáveis pela limpeza e pelo agendamento de horários.

Cada usuário pode permanecer até uma hora por dia no local. Embora o tempo seja curto, a iniciativa permite que as mães não interrompam ou encerrem precocemente o período de aleitamento materno, recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como alimentação exclusiva até os seis meses de vida do bebê e de forma complementar até os dois anos de idade

No site das Olimpíadas de Paris, a presidente do COI, Emma Terho, destacou que a ideia era proporcionar um espaço adequado para que as atletas pudessem passar um tempo de qualidade com seus filhos pequenos, sem precisar sair da Vila Olímpica, e ao mesmo tempo se concentrar na competição. Ela própria sentiu essa necessidade em 2014, quando competiu nos Jogos da Rússia como atleta de hóquei no gelo pela Finlândia. “Muitos atletas estão equilibrando suas carreiras esportivas e a família. Gravidez e maternidade são um caminho natural na vida e não precisam significar o fim da carreira para atletas mulheres”, afirmou Terho.

A iniciativa foi liderada pela ex-velocista americana Allyson Felix, que está presente em Paris-2024, mas fora das pistas, como parte da Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Internacional (CACOI).

Leila Santos
Graduada em Jornalismo pela Faculdades Integradas do Norte de Minas - Funorte, e com uma trajetória sólida na área da comunicação, Leila possui vasta experiência em diversos canais e veículos de imprensa. Atualmente, integra a equipe do Portal Webterra, onde aplica seu conhecimento para oferecer informações precisas e relevantes, destacando-se pelo compromisso com a qualidade e a integridade jornalística.