Coluna Vida em Sociedade: melhor a cada dia – pequenas ações, grandes mudanças

A humanidade em tempos de velozes mudanças tem mergulhado em situações às vezes embaraçosas, outras bastante despidas do caráter esperado por um cidadão de bem.

Não é incomum presenciarmos intolerâncias e maus tratos de alguém que se julga maioral sobre outros que por simplicidade, humildade ou ainda por falta de informação deixam ser subjugados para não terem que travar embates ou mesmo sofrerem suas perdas, calados e quiçá sozinhos por equívoca vergonha sobre o que vão pensar a respeito.

O brilhante físico e humanista alemão, Albert Eistein, certa vez afirmou que “o mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.” É como se na selva humana os “leões” se aproveitassem de sua posição disforme e aparentemente superior para abocanhar e dissolver as presas que encontram pelo caminho.

Adiante gostaria de chamar a atenção a uma ideia que alguns trataram numa discussão em um meio social nos últimos dias. E então nesse lançar de juízos, eles colocaram em pauta a seguinte interrogação: “o que você tem feito para ser uma pessoa melhor a cada dia?” Vale a pena dizer que tal indagação pode nos fazer refletir sobre o que temos realizado e sobre o que temos sido para nós, para nossa família e para as pessoas que nos cercam.

Durante a contenda lembro-me que alguém se manifestou e disse que para ser melhor tem buscado sorrir mais. Pois por ter sido uma pessoa de semblante carregado, acabou por ter perdido oportunidades profissionais e pessoais. Desse modo a partir do momento que modificou a sua postura, sendo uma pessoa “mais aberta”, com mais sorriso e receptividade, tem se sentido muito melhor com os rumos que a vida tem seguido.

Outra comentou que tem doado um pouco do que tem para pessoas carentes; outro disse que tem tirado o tempo ocioso para visitar casas de internato de idosos onde tem contado histórias, conversado com os que estão de certa forma abandonados.

Também ele demonstra claramente como tem se sentido bem por estar assim em contribuição com o melhoramento da vida em sociedade. De tal modo que a missionária albanesa, Madre Tereza de Calcutá, dizia que “não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.”

Percebemos que não é porque a tristeza ou a maldade se apresentam tão latentes, que temos que coadunar e nos convencer que somente há pessoas más, interesseira, sem alma e sem coração.

Lado outro é imprescindível compreendermos que não temos que fugir às nossas raízes de pessoas de bem que somos e que almejam construir uma sociedade mais humana. Ainda que cada um de nós faça um pouco, como um pequeno beija-flor em meio ao incêndio universal, temos de ter a consciência clara de tratar diferente o mundo que nos cerca.

Grandes mudanças começam com pequenas ações, de forma constante, determinada e isenta de maiores interesses. Entretanto a vantagem que deve existir é a forte esperança de que, todos os dias podemos ser melhores do que já fomos ao fazermos um pouco mais pelo próximo.

(*) Capitão PM Comandante da 210ª Cia./10º BPM