Segundo dados divulgados, nessa segunda-feira (8), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), através da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), o percentual de famílias com dívidas a vencer atingiu a marca recorde de 78% dos lares brasileiros. O total de famílias com dívidas ou contas atrasadas ficou em 29% em julho.
De acordo com a Peic, as famílias acima de dez salários mínimos mensais adquiriram mais de 0,8 ponto percentual em julho, dessa forma, chegando a 75% em dívidas. Na faixa com renda abaixo de dez salários mínimos o endividamento cresceu 0,6 ponto percentual, atingindo 78,8%. Nas duas faixas, a taxa é recorde.
O aumento do endividamento por gênero foi de 0,5 ponto percentual entre as mulheres e de 1 ponto percentual entre os homens. A pesquisa apontou uma desaceleração no endividamento nos últimos meses, mas o incremento na comparação anual foi de 8,3 pontos percentuais, enquanto entre os homens subiu 6,3 pontos percentuais.
O estudo ainda mostrou que o percentual de famílias que deviam no cartão de crédito diminuiu, isso ocorreu em razão da população buscar opções mais baratas de juros. Além disso, o percentual das pessoas que não terão condições de saldar seus débitos ficou estável em relação ao último ano.
A CNC comentou que as medidas como: suporte à renda, saques extras do FGTS e a antecipação do 13º salário aos beneficiários do INSS, auxiliou no pagamento das dívidas. “A alta dos indicadores de inadimplência, após moderação e queda entre abril, maio e junho, indica que as medidas extraordinárias de suporte à renda, aparentemente, tiveram efeito restrito ao segundo trimestre no pagamento de contas e/ou dívidas já atrasadas”, avalia a CNC.
[Texto com informações de Agência Brasil]
