Nova era do desenvolvimento exige muito da percepção dos gestores do norte de Minas

Uma nova era de desenvolvimento aporta-se no norte de Minas. Duas fortes matrizes econômicas globais têm lugar na região. Uma, batizada de nova fronteira mineral, centrada na expectativa de viabilização da produção de minério de ferro e extração de ouro, que conforme pesquisa, existe uma jazida de mais de 20 bilhões de toneladas de minério de ferro abrangendo um território que compreende 20 municípios, dentre eles Salinas, Rio Pardo de Minas, Grão Mogol, Porteirinha, Serranópolis e outros. A outra, já em plena atividade e crescimento diário, a energia fotovoltaica que, conforme Plano Decenal de Expansão de Energia, prevê investimentos de 3,25 trilhões, sendo 50% desse volume voltado à energia limpa.

Sabe-se que a região do norte de Minas oferece condições estratégicas, inclusive com grande parte da estrutura de transmissão já montada e outra parte em obras. Dessa forma, a região que compõe o cinturão de maior incidência de radiação solar do Brasil, é candidatíssima a continuar atraindo investimentos cada vez mais vultosos dessa matriz econômica e também da atividade minerária.

A empresa de mineração Sul Americana de Metais (SAM), uma unidade da chinesa Honbridge Holdings, está confiante que receberá os avais necessários para iniciar a produção do projeto de minério de ferro em Minas Gerais no valor de US $2,1 bilhões até 2025.

O Bloco fica no município de Grão Mogol e a estrutura do complexo minerário engloba ainda Padre Carvalho. Outras duas cidades, Fruta de Leite e Josenópolis, também terão estruturas relacionadas ao projeto.

Além de outros investimentos estratosféricos na extração de ouro, já manifestados, e que passam por readequação de segurança, exigidos depois dos acidentes nas barragens de contenção de rejeitos de Mariana e Brumadinho.

Conforme dados do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), dezenas de pedidos de registros de pesquisas deram entrada no órgão para exploração de minérios.

Os investimentos batem às portas dos municípios do norte de Minas, como nunca aconteceu na história desse território.

Acompanhar o dinamismo que começa a movimentar a região é o grande desafio, sobretudo dos gestores da administração pública, pois os municípios, necessariamente, precisarão de melhores infraestrutura pública para atender esse boom do desenvolvimento.

Vale lembrar, É REGRA. Desenvolvimento puxa desenvolvimento e as matrizes econômicas historicamente concebidas aqui – pecuária de corte e fruticultura, ganharão mais notabilidade, isto é, significa mais desenvolvimento.