Fim do racionamento gera dúvidas; Copasa diz que ação não é “eleitoreira”

Após o anúncio do fim do racionamento e rodízio em Montes Claros, feito pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), vereadores usaram a tribuna da Câmara Municipal para indagar e discutir sobre a atitude da companhia em liberar a adutora do Rio Pacuí.

Os parlamentares Cláudio Prates (PTB), Sóter Magno (PP) e Maria Helena Lopes (PPL) disseram que a situação da Barragem de Juramente e preocupante, bem como os níveis do Rio Pacuí. O principal argumento dos parlamentares é que a manobra de liberar as obras do sistema Pacuí seja meramente política e que o rodízio e racionamento voltem após o período eleitoral.

Boatos nas redes sociais também alimentaram as desconfianças. O Portal WebTerra teve acesso a alguns vídeos enviados por populares em que afirmam que os níveis do Rio Pacuí estão baixo e preocupantes.

Em nota emitida nesta sexta-feira (21), a Copasa rebateu as acusações e afirmou como “FALSA a informação que circula em redes sociais, de que o rodízio em Montes Claros irá voltar após as eleições. Ao contrário, a Companhia reafirma que o fim do racionamento de água no município é definitivo”.

O fim do racionamento só foi possível após a liberação das obras do Pacuí, que custaram R$ 88 milhões. Foram construídos 56 quilômetros até o ponto de captação, mesma distância das obras a Montes Claros.

“A demanda de água na cidade de Montes Claros atualmente é de 900 litros por segundo, em média. Com a captação no rio Pacuí, na barragem de Juramento e na Estação de Tratamento de Água de Morrinhos, além da captação em poços profundos, nossa capacidade de produção é suficiente para o atendimento a demanda, o que permite, tecnicamente, garantir uma margem segura para o abastecimento do município, eliminando a necessidade de rodízio”, explica a nota.

Embora o rodízio de quase três anos tenha sido interrompido, é necessário que a população tenha um consumo consciente, sem desperdiçar água.