A não reeleição de prefeitos nas eleições de 2024, no Brasil, foi um fenômeno significativo, no sufrágio das urnas deste ano, refletindo a insatisfação popular com a gestão de muitos deles. Aproximadamente 55,33% dos prefeitos que buscaram a reeleição não conseguiram garantir um novo mandato. Este resultado foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo problemas de governança, gestão de serviços públicos, crises características em algumas cidades, falta de relacionamento com o cidadão, e, sobretudo, por um motivo específico o novo perfil do eleitor/consumidor, daqui pra frente, denominado, apenas de consumidor (não tem mais volta, o eleitor entende que ele é um genuíno consumidor de serviço, no segmento público. Serviços estes, superfaturado, pagos antecipadamente com altas taxas de juros, por uma prestação não vencida. É esse o entendimento do cliente público).
O novo consumidor se caracteriza por comportamentos, expectativas e prioridades que vêm transformando a entrega do serviço público. Mais informado e com acesso a uma vasta quantidade de dados e opiniões online, ele se tornou mais exigente e consciente em suas escolhas. Não basta o clientelismo, a entrega de serviços básicos, obras de última hora e outras baboseiras praticadas por gestores desavisados.
Gestor! O consumidor sabe sobre as fontes de recursos que chegam ao caixa da prefeitura, ele tem conhecimento sobre do volume oriundo do IPTU, ISS, ITBI. Estas receitas, inclusive, ele sabe, que têm como parâmetro a pujança da gestão. Aí vem o FPM, ICMS, IPVA. O consumidor está informado também sobre as Transferências Voluntárias e Convênios: Recursos repassados por meio de convênios com o governo federal, estadual ou até mesmo com ONGs e organismos internacionais, este último é bem capaz de você: gestor, não saber. Que pena, você que foi derrotado, seu mandato chega ao fim, e você nem sabia dessa fonte.
O consumidor sabe que estes recursos chegam o ano inteiro, e não só às vésperas da eleição.
Foi por isso, que em muitas cidades, prefeitos que buscavam a reeleição enfrentaram rejeições contundentes, tendo dificuldades até para voltar às casas para pedir o voto mais uma vez.
Verdade seja dita: Em tese, os prefeitos são eleitos com o compromisso de implantar a verdadeira política pública, que tem em sua essência fazer o bem e promover a vida, por meio dos serviços públicos. Esse, também, é o clamor popular e o entendimento do consumidor.
Justiça seja feita: foi muita pretensão do gestor pensar que na era da informação em tempo real, conseguiria continuar “dando o ninja” no consumidor com obras de última hora, com volume de campanha, farras, mentiras, falsidades e outras atitudes que nem deveriam ter nascido.
Eita! E era tão simples e tão fácil de se praticar, bastava seguir cartilha da educação, saúde, promoção social, segurança, um “colorido” na infraestrutura e óbvio: cumprir e incrementar o Plano de Governo, o PPA, LOA, LDO, Código de Postura, Plano Diretor e outros.
Gestor! Você que tentou enganar o consumidor: o/a besta aqui, foi você! Analise aí! Faça a conta! Seriam mais quatro longos anos!
Perdeu, Playboy!
FUNDAMENTAÇÃO
Nas eleições de 2024, aproximadamente 2.444 prefeitos foram reeleitos no Brasil, representando cerca de 44% dos prefeitos que disputaram as eleições. E aproximadamente 55,33% dos prefeitos que buscaram a reeleição não conseguiram vencer. Isso equivale a cerca de 3.027 prefeitos que foram eleitos pela primeira vez ou que estavam assumindo o cargo após a eleição. Essa taxa reflete um desempenho significativo, pois, apesar de muitos prefeitos terem tentado a reeleição, a competição e a insatisfação popular resultaram em uma grande quantidade de novas administrações se formando a partir de 2025.