Primeira etapa de vacinação contra brucelose em Minas Gerais é prorrogada

Foto: IMA | Divulgação

Minas Gerais lidera na implementação de políticas públicas para controlar a brucelose, uma doença que afeta principalmente bois e búfalos. Devido à escassez nacional de vacinas contra essa doença, Minas Gerais enfrenta um déficit de cerca de 130 mil doses para o primeiro semestre. Para lidar com essa situação, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), estendeu o prazo da primeira fase de vacinação e declaração obrigatória.

Produtores rurais têm até 31 de julho para vacinar fêmeas bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade, e até 10 de agosto para declarar a vacinação nas unidades do IMA no estado.

Em Minas Gerais, os estabelecimentos que vendem vacinas contra brucelose possuem aproximadamente 378 mil doses da vacina B19 e 146 mil doses da vacina RB51, distribuídas em mais de 650 locais comerciais em 400 municípios.

Embora o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) exija um índice vacinal anual mínimo de 80% para fêmeas, até agora apenas 39,5% das bezerras foram vacinadas.

Espera-se que os estoques nacionais de vacinas sejam regularizados no segundo semestre, com a produção de aproximadamente 14,5 milhões de doses da vacina B19 entre junho e dezembro.

A compra das vacinas B19 e RB51, que são vivas e contêm a bactéria enfraquecida, requer receita emitida por veterinário cadastrado no PNCEBT. Essas vacinas devem ser mantidas entre 2°C e 8°C desde a compra até a administração.

A vacinação, realizada duas vezes por ano em bezerras de 3 a 8 meses, exige a comprovação de vacinação nas unidades do IMA, incluindo atestado emitido por veterinário cadastrado no PNCEBT e a nota fiscal de compra da vacina.

Além da vacinação, os produtores devem testar brucelose em machos a partir de 8 meses e em fêmeas vacinadas com B19 a partir de 24 meses. Relatórios mensais devem ser enviados ao IMA pelos veterinários que realizam diagnósticos de brucelose e tuberculose.

A não vacinação pode resultar em multa de 25 UFEMGs (R$ 125,90 por bezerra) e a falta de declaração, em multa de 5 UFEMGs (R$ 25,18 por bezerra). Os produtores são incentivados a entregar os documentos de vacinação nos escritórios do IMA ou por e-mail.

A brucelose é uma zoonose incurável que pode ser transmitida ao ser humano, causando danos à saúde pública e prejuízos econômicos significativos no setor pecuário devido a abortos e perdas na produção de leite e peso dos animais afetados.