Boletim Fiocruz: VSR tem causado mais mortes de crianças pequenas do que covid-19, no Brasil

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Dados do Boletim Infogripe divulgado nessa quinta-feira (25), mostram que o aumento do vírus sindical respiratório VSR influenciou nas mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de até dois anos.

O número ultrapassa as mortes por covid-19 nessa faixa etária nas últimas oito semanas epidemiológicas,  segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz).

O VSR responde por 57,8% do total de casos recentes de SRAG, com identificação de vírus respiratório. Outros vírus respiratórios que merecem destaque nas crianças pequenas são o rinovírus e o Sars-Cov-2.

Entre o total de óbitos, o crescimento da influenza A faz com que o percentual associado a esse vírus comece a se aproximar do observado para a covid-19 nas últimas quatro semanas.

Apesar disso, a covid-19 ainda tem amplo predomínio da mortalidade de idosos, que também é a faixa etária que mais se destaca em relação a mortes por SRAG.

Cuidados

Nas quatro últimas semanas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (23%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (57,8%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (10,7%).

Entre as mortes, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de influenza A (32%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (10,8%), e Sars-CoV-2/Covid-19 (53,9%).

Pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes destaca a importância da vacinação, que está com campanha para influenza A, o vírus da gripe. Além disso, também destaca o uso de máscaras adequadas (N95, KN95, PFF2) para aqueles que forem a uma unidade de saúde ou quem estiver com sintomas de infecção respiratória.

“A atualização do Infogripe continua apontando para o aumento no número de novas internações por infecções respiratórias em praticamente todo o país. Isso se dá, nesse momento, por conta do vírus VSR, que interna especialmente crianças pequenas. Além disso, o próprio vírus da gripe, o vírus influenza A, nós conseguimos vê-lo em clara ascensão por todo país”, disse o pesquisador.

*Com informações de Agência Brasil