Pesquisa quer monitorar qualidade da água do rio São Francisco

Crédito Alex Sezko

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) promoverá pesquisa para monitorar a qualidade da água do rio São Francisco, no trecho entre Pirapora e Januária, com a participação popular das comunidades ribeirinhas. O “Opará: Observatório cidadão da qualidade ambiental no médio São Francisco”, visa monitorar a qualidade da água do rio São Francisco, entre Pirapora e Januária, com a participação ativa das comunidades ribeirinhas. 

De acordo com a Unimontes, o projeto é resultado de uma parceria entre os departamentos de Biologia Geral e Geociências da Unimontes, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas (Fadenor) e o Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

Com um investimento de R$ 985 mil, obtido pela Fadenor junto ao Ministério Público, a pesquisa será conduzida ao longo de doze meses. O objetivo principal é utilizar o barco de pesquisa Opará, administrado pela Fadenor e baseado em Pirapora, para percorrer o trecho do médio São Francisco, abrangendo várias cidades, como Pirapora, Buritizeiro, Várzea da Palma, Ibiaí, Ponto Chique, São Romão, São Francisco, Pedra de Maria da Cruz e Januária. Equipado com as instalações necessárias, incluindo alojamentos, o barco será fundamental para apoiar os pesquisadores durante o estudo.

A pesquisa se concentrará no monitoramento da qualidade da água do rio São Francisco, utilizando bioindicadores ambientais ao longo do trecho selecionado, com ênfase na presença de macroinvertebrados. Esses dados permitirão diagnósticos sazonais e um levantamento detalhado em várias áreas, com relatórios destinados a melhorar a qualidade da água, quando necessário. Além disso, a pesquisa visa envolver ativamente a comunidade no monitoramento da água.

O professor Maurício Lopes de Faria, um dos coordenadores do projeto, destaca a importância do envolvimento dos estudantes e professores das comunidades ribeirinhas na coleta de dados, utilizando a metodologia de ciência cidadã. Essa abordagem moderna será essencial para o sucesso do monitoramento. A coordenação da pesquisa também conta com a participação dos professores Magno Augusto Zazá Borges, do Departamento de Biologia Geral, e Gustavo Cepolini, do Departamento de Geociências.

OPARÁ PARA PESQUISAS

O estudo sobre a qualidade da água do rio São Francisco inaugura as ações do barco de pesquisa Opará. O diretor técnico e de relações institucionais da Fadenor, professor Roney Versiane Sindeaux, explica que a proposta da embarcação é apoiar pesquisas científicas no rio São Francisco, garantindo aos pesquisadores um barco com toda a estrutura necessária para o desenvolvimento de levantamentos e monitoramento em diversas áreas do conhecimento. 

“Essa é apenas a primeira pesquisa que está sendo realizada e, lembramos, que outras pesquisas poderão ser feitas simultaneamente, já que teremos agenda para a utilização da embarcação de acordo com o cronograma e perfis dos levantamentos que serão realizados”, observou. “O Opará é uma embarcação à disposição da ciência no Norte de Minas”, enalteceu o diretor da Fadenor.

*Com informações da Unimontes

Texto Ana Paula Paixão