Coluna Sal da terra: diversidade da arte no Carnaval

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A escrita me causa a sensação de encantamento que tenho com as coisas da vida, e afirmo que a arte de tão fascinante e tão bela tem o poder de comover a gente até às lágrimas e aos risos.

Por isso digo que escrever é uma coisa próxima de amar: cada experiência de amar é única, e parece que é a primeira vez.

Depois de todas estas colunas que escrevo para o Portal WebTerra, cada texto continua a ter o sabor das primeiras vezes.

Essa coluna apenas confirma o sentimento de que cada texto nos surpreende sempre.

Como disse Mia: na arte estamos sempre começando do zero. De outra maneira, não me apeteceria continuar a escrever.

Isso tudo me fascinou desde adolescente.

Poetas de todos os tempos foram por ela inspirados.

Elas, a beleza e a arte, capturam corações, mentes, atiçam sentimentos variados.

Aí que entra a beleza das artes do carnaval, esse conjunto de música,
de corpos,
de cores,
de danças,
de máscaras,
de alegria
e de tambores.

O meu gosto pela poesia foi um encontro de almas gêmeas no meio da infinita manifestação artística e dos meus infindáveis desencontros na busca que tive em meio a outras manifestações da arte.

Esse é um motivo do meu encantamento.

O espectáculo da diversidade humana na manifestação da arte.

Por vezes, observo o “sambódromo”, criado pelo antropólogo Darcy Ribeiro e divirto-me com a contemplação da variedade de rostos, de corpos, de raças de pessoas que passam e desfilam.

Essa capacidade de produzir a singularidade no meio da diversidade, faz com que cada pessoa seja absolutamente única.

Tudo isso me fascinou desde criança.

Estamos na semana do Carnaval e os desfiles das escolas de samba são as grandes marcas da beleza da diversidade da arte.

O Carnaval Brasileiro é uma manifestação cultural de extrema relevância.

É um momento em que as diferenças são deixadas de lado, e o país inteiro se une em uma explosão de cores, ritmos e alegria.

A diversidade cultural do Brasil se reflete nas diferentes formas de celebração, desde os frevos em Recife até o samba no Rio de Janeiro, neste lugar onde o samba evolui. Assim pode ser definido o “sambódromo”, criada pelo próprio mentor do espaço, o antropólogo Darcy Ribeiro.

A ideia era dar um apelido popular para o templo do Carnaval no Rio de Janeiro.

Quarenta anos se passaram e quase ninguém se lembra do nome oficial, Passarela Professor Darcy Ribeiro.