Cuidar da nossa casa comum

Emirados Árabes sediou a COP 28, a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU, que reuniu representantes de todo o planeta.

Como colunista do WebTerra quero fazer da minha coluna um espaço de discussão crítica e analítica sobre as questões ambientais contemporâneas, dando ênfase às problemáticas concernentes às transformações para sociedades sustentáveis.

Dentre outros, são abordados temas como mudanças climáticas, políticas públicas ambientais, biodiversidade, degradação ambiental urbana e rural, energia e ambiente, movimentos ambientalistas, desenvolvimento e sustentabilidade, agricultura sustentável.

Mia Couto diz que já veneramos a Terra, a água, os animais e afirma: “é preciso ressacralizar tudo isso.

Entender que tudo isso é divino, e somos parte da natureza, e precisamos cuidar do planeta como cuida de nós mesmos.

A COP 28 deveria ser um momento para repensarmos não apenas a nossa CASA COMUM, mas também a economia e políticas que são profundamente injustas, predadoras e criadoras de desigualdades.

Não se trata de apenas corrigir e recompensar.

É urgente questionar a ideia de que a COP pode ser, por si mesma, uma usina geradora de ideias, propostas e ações para salvar o planeta.

O que está acontecendo com a nossa casa comum gerando tantos desequilíbrio faz parte da longa lista de consequências da arrogância de uma espécie decidida a ser a dona do planeta.

Como disse Mia: – “Existe uma arrogância da maior parte das sociedades humanas em nos acreditarmos os administradores do planeta.

Somos o topo e o centro daquilo que nós mesmos chamamos de ‘evolução’.

A verdade é outra: os verdadeiros donos são outros, com outras leis invisíveis que desprezamos.

Os povos do planeta querem o que todos os filhos deste mundo ambicionam: serem sujeitos, ter voz, ter acesso, sentarem à mesa onde se faz a cultura e a gestão das sociedades e dos recursos.

Esse é o tema comum.

Falando em termos da literatura, a poesia continua sendo o gênero mais expressivo e mais falado por mim.

Talvez a poesia pode traduzir melhor esse sonho de um outro mundo mais humano.

Mas a poesia também é mais veloz e mais plástica e ajusta-se às canções de intervenção que podem ser usadas como arma de mudança.

Enquanto poeta e assistente social que sou, como tenho observado as últimas decisões das reuniões das COPs.

Tenho esperança de que será possível conter a destruição.

É preciso ter noção do limite que essas conferências mundiais podem fazer.

O que ali se decide é importante, sim, mas não basta.

É preciso ir mais longe. Os políticos que sentam nas conferências estão a falar de um cavalo enfurecido que tomou o freio nos dentes.

Eles podem ajustar, ou seja, apertar as rédeas.

Mas esse cavalo não lhes pertence.

Os donos do cavalo são o mercado, os chefes das grandes corporações e dos grandes bancos.

Eles é quem deviam ser responsáveis e, sobretudo, responsabilizados.

Dito isso, acrescento que o
Vale do Jequitinhonha marcou presença em discussão sobre transição energética na COP28.

A Sigma Lithium levou representantes técnicos indicados pelas cidades de Itinga e Araçuaí para falar sobre o tema em Dubai.

Uma delegação formada por representantes técnicos indicados pelas cidades de Itinga e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, foi levada pela Sigma Lithium para a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Eles participaram de debates sobre como alcançar a sustentabilidade social e uma transição energética justa.

Os convidados se juntaram aos executivos da companhia e líderes globais na 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), que tinha como objetivo discutir ações para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Além de proporcionar uma transição justa e evitando crises climáticas e humanitárias.