O Conselho de Ética do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) suspendeu por 90 dias o oposto Wallace, do Sada Cruzeiro, pela publicação feita em janeiro, no Instagram, em que o jogador de vôlei pergunta se alguém daria um tiro na cara do presidente Lula. A decisão, unânime, foi divulgada na tarde desta segunda-feira (3).
Os 90 dias são contatos a partir de 3 de fevereiro, data inicial de afastamento de Wallace pelo COB, e terminam, portanto, em 3 de maio. Isso tira o oposto da reta final da temporada, já que a Superliga é a única competição em disputa e tem final marcada para 30 de abril.
Conforme a decisão, o atleta foi condenado “pela prática do ato antiético de promover e incitar a violência por meio da internet e das redes sociais”. Foram levados em conta os atigos 8º e 34º do Código de Conduta Ética do COB.
No 8º está previsto que “o uso de redes sociais por atletas, comissão técnica e dirigentes deve obedecer ao equilíbrio e à proporcionalidade, evitando-se o uso conflituoso e polêmico.”
Já o artigo 34º afirma que “é indevida a prática de atos de violência, bem como a doutrinação, a incitação ou a orientação para a sua realização, no ambiente administrativo, de treinamento e competição ou fora dele.”
Seleção Brasileira
O Conselho de Ética do COB também suspendeu o jogador por 1 ano da seleção brasileira de vôlei. Entretanto, o oposto já havia anunciado a aposentadoria do time verde e a amarelo.
STJD
O caso também foi parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) do vôlei, acionado pela Advocacia-Geral da União. No fim de fevereiro, o órgão arquivou o processo afirmando que a conduta de Wallace não tinha elo com o esporte.
Sada Cruzeiro
No dia seguinte à publicação de Wallace, o Sada Cruzeiro anunciou a suspensão do jogador por tempo indeterminado. Desde então, o oposto não tem atuado com a camisa celeste.
Na ocasião, o clube divulgou uma nota em que afirmou “repudiar qualquer ato que possa significar incitação à violência e esclarece que não compactua de maneira alguma com as recentes publicações do atleta”.
[Com informações de O TEMPO]