Sal da Terra: Sim à democracia

Brasil nasceu de um passado de escravatura, violência racial e massacre de um povo indígena.

Essas marcas estão ainda vivas na nossa história.

Apesar de tudo isso, somos um lugar de afetos profundos, de convívio com a diversidade e pátria de vários povos.

Durante anos o Brasil foi uma demonstração de boa vivência e de sensibilidades, e de um povo festivo e alegre.

No Brasil recebemos gente de várias partes do mundo.

No Brasil os povos fizeram eternos amigos e no Brasil encontraram enfim, a sua segunda pátria.

O Brasil inspira profundamente a minha escrita, não existem palavras para dizer o quanto sou devedor do universo criativo da grande nação brasileira.

O Brasil sempre teve essa luz que faz a gente seguir em frente.

É com grande temor que vemos que esse Brasil pode estar em risco após tantas ameaças as instituições e a democracia.

A tolerância está sendo substituída pelo ódio, o gosto de escutar o outro e o desejo de integrar os diferentes parecem viver os seus últimos momentos.

Tenho a crença de que nenhum pretenso regime substitui o exercício da democracia e das instituições brasileiras.

Estamos certos de que, como diz a canção brasileira: o Brasil vai reconhecer a queda, se levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.

Seguimos atentos, apoiando a liberdade, o amor pela diversidade e o respeito ao diferente.

Estamos com o Brasil que aprendemos a amar e que não queremos perder.

Não ao ódio, não ao autoritarismo, sim à democracia!