Brasil: Um país pobre

Apesar se der uma das maiores economias do mundo, o Brasil é um país pobre

O Brasil é um país pobre! Apesar de ser uma das maiores economias do mundo, o Brasil ainda sofre com os problemas da pobreza e miséria.

Diante disso, o questionamento mais comum é: “Mas como somos pobres sendo uma das maiores economias do mundo?”.  A pergunta traz consigo uma parte da resposta: Somos um país pobre apesar de ser uma das maiores economias do mundo.

Em 2016 o Brasil chegou a ocupar o 8° lugar na lista de maiores economias do mundo no ano de 2016, atualmente, ocupa a 12° colocação, de acordo com o Fundo Monetário Internacional – FMI.

Aqui seremos otimistas e utilizaremos como base o cenário de quando o Brasil ocupava o 8° lugar.

Somos um país pobre por sermos apenas a oitava economia do mundo, tendo a quinta maior população. Quando avaliamos a riqueza de um povo, geralmente estamos interessados na qualidade de vida dos seus cidadãos. Neste caso, a riqueza que importa é a renda por habitante; e neste quesito, ficamos lado a lado de países como Tailândia e Iraque.  Para efeito de comparação, países desenvolvidos tem uma renda por habitante de 2,5 a 3,5 vezes maior que a brasileira.

Botsuana ainda é um país de renda média, mas já supera o Brasil em vários indicadores importantes, conforme mostra a tabela abaixo:

  Botsuana Brasil
PIB por habitante R$18,5 mil R$15,3 mil
Escolaridade média 9,6 anos 8 anos
Facilidade para fazer negócios 87º 124°
Liberdade econômica 40° 144°

Fonte: Banco Mundial

 

O cálculo do PIB pode ser realizado de três maneiras que demonstram o mesmo valor para a riqueza que foi gerada pelos agentes na economia: despesa, rendimento ou produção.

Aqui utilizaremos o PIB medido pela despesa. Por este ponto de vista, o valor do produto é medido através de toda a despesa efetuada pelos diferentes agentes da economia, considerando:

C – despesa em consumo que acontece por meio das famílias;

G – despesa que acontece quando o Estado faz gastos públicos;

I – despesa com investimentos que as empresas fizeram;

X – despesa com exportação por meio dos estrangeiros;

Q – despesas com importação efetuadas pelos agentes na economia.

 

Por meio desta ótica relaciona-se uma grande soma de toda a despesa dentro do período analisado, como na fórmula: PIB = C + G + I + X – Q.

O PIB brasileiro de 2016 foi de aproximadamente R$ 6,3 trilhões; o que, dividido pela população com idade acima de 20 anos (142 milhões de pessoas) resulta na quantia de R$ 44,4 mil anuais por trabalhador/aposentado. O governo brasileiro consome 33% deste valor, investimos outros 18% para que a economia continue funcionando (e quem sabe cresça), sobram R$ 21,8 mil. Essa quantia, dividida em 13 partes (número de salários do trabalhador comum), resulta em R$ 1700.

Esse seria o salário hipotético do brasileiro caso toda renda disponível para consumo doméstico fosse igualitariamente distribuída entre potenciais trabalhadores e aposentados. Hipotético porque nesta situação de distribuição absoluta, o produto da economia seria menor do que é.

Chegamos ao ponto central da questão: Quais medidas efetivamente promovem o crescimento? O que fizeram os países que superaram a pobreza e o subdesenvolvimento no século XX? A resposta mais sucinta da teoria econômica é: Aumento de produtividade. Precisamos ser capazes de fazer mais com menos.