Estudo aponta que mulheres vivem em média sete anos mais do que os homens em Montes Claros

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Um estudo confeccionado pela revista inglesa Nature Medicine, apontou que a expectativa de vida, em Montes Claros, é em média 79,3 anos para mulheres e 72,2 anos para os homens. Os dados foram colhidos entre os anos de 2012 e 2016, e utilizou fatores econômicos, sociais e a disponibilidade de serviços de saúde para mensurar o número aproximado de anos que um grupo de indivíduos nascidos no mesmo ano irá viver, se mantidas as mesmas condições desde o seu nascimento.

Nesse sentido, é possível mensurar que as mulheres vivem cerca de 7 anos a mais do que os homens na cidade. Existe um consenso, entre os pesquisadores, que a mortalidade masculina é maior, na maior parte dos países, em virtude dos homens serem, com mais frequência, vítimas de crimes violentos. O estudo traz números da expectativa de vida a partir do nascimento (os quais estão sendo utilizados neste texto) e a partir dos 20, 40 e 60 anos, para homens e mulheres.

A expectativa de vida do cidadão de determinado país, estado ou município é um indicador da qualidade de vida da população. A pesquisa trata sobre a longevidade e as causas de morte em 363 cidades com mais de 100.000 habitantes de nove países na América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, El Salvador, Costa Rica, Panamá e México). Do total de municípios analisados pela pesquisa, que faz parte do projeto Saúde Urbana na América Latina, 152 estão localizados no Brasil.

Montes Claros ficou na 112ª posição geral (166º lugar no que se refere à expectativa de vida dos homens) entre todos os 363 municípios analisados. Considerando-se apenas os 152 municípios brasileiros, a maior cidade do Norte de Minas ficou em 44º lugar (53º no caso dos homens); e na 9ª posição entre as 17 localidades mineiras analisadas, com um empate entre gêneros.

O estudo aponta que “os governos municipais podem afetar diretamente a saúde da população em seus municípios, incluindo mortalidade e qualidade ambiental, por meio da implementação de políticas urbanas adequadas.” Ainda de acordo com a publicação, os pesquisadores pretendem entender como o acesso a determinados serviços básicos como saneamento, educação e moradia impactam na vida dos cidadãos em cada um desses lugares — ao ponto de poder dizer, no futuro, quantos anos cada um desses serviços adiciona ou subtrai de sua expectativa ao nascer.