Deputados Marcelo de Freitas (PSL) e Paulo Guedes (PT) tentam emplacar chapa única no Samu, mas o caso deve ser analisado pela Justiça

A assessoria de comunicação do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (CISRUN) enviou nota à imprensa na tarde desta quarta-feira (30) informando que a eleição da entidade , agendada para 12 de janeiro de 2021, terá chapa única.

Ainda segundo o texto, a assessoria do Cisrun diz que durante averiguação dos documentos foram identificadas diversas irregularidades pela comissão.

“A chapa 2, que é encabeçada pelo prefeito de Claro dos Porções, Norberto Marcelino, e a chapa 3, liderada pelo chefe do executivo de Francisco Sá, Mário Osvaldo, apresentam anomalias como a inadimplência de alguns municípios, o que impossibilita a participação na eleição conforme o Art. 6 do Estatuto do Cisrun, que estabelece que são considerados em gozo de seus direitos os municípios consorciados quites com as suas obrigações. O outro problema identificado foi a duplicidade de alguns candidatos que estavam inscritos em ambas as chapas”, esclarece.

O deputado Paulo Guedes, do PT, com o seu candidato a presidente do Cisrun, Marcelo Meireles, prefeito de São Romão

Causou estranheza no meio político a comissão eleitoral da entidade validar apenas a candidatura do prefeito de São Romão, Marcelo Meireles, que é apoiado pela atual diretoria e pelos deputados Paulo Guedes, do PT, e Marcelo de Freitas, do PSL.

O prefeito de Claro dos Porções, Norberto Marcelino, impetrou na Justiça ação que questiona as regras do edital de eleição do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (CISRUN). Segundo Norberto, que encabeça chapa pela presidência da entidade, vários são os erros contidos no edital. “O prazo entre a publicação do edital e eleição foi menor que 20 dias, o que contraria o estatuto do Consórcio”, denuncia.

Outra falha apontada pelo prefeito de Claros dos Porções foi a publicação dos municípios aptos a participar do processo eleitoral ocorrida apenas no último dia de inscrição de chapas, além da falta de prazo para os municípios cumprirem com suas obrigações e se tornarem aptos a participar democraticamente da eleição.

“Se tivéssemos acesso a lista de municípios que podiam participar teria um pouco mais de isonomia. São as mesmas práticas de sempre”, desabafa ao se referir à atual diretoria da entidade.

Já o prefeito de Francisco Sá, Mariosvaldo Casasanta, que encabeça chapa 3 pela disputa, informou a nossa reportagem que irá também acionar a Justiça para que o edital seja refeito e o processo aconteça com lisura.

O deputado Marcelo de Freitas tenta, juntamente com o deputado Paulo Guedes e a atual diretoria do Consórcio Intermunicipal de Saúde emplacar chapa única para a eleição de janeiro

A última eleição do Consórcio também ficou marcada por uma série de escândalos e métodos obscuros que até hoje segue com processo judicial.