Profissionais de eventos fazem pedido de socorro com passeata em Montes Claros

Obrigados a suspender as atividades desde o mês de março, quando a pandemia de Covid-19 começou a assolar o mundo, milhares de trabalhadores do setor de eventos viram suas rendas serem zeradas. O setor entrou em uma crise sem precedentes. Em algumas cidades brasileiras, o segmento começa a retomar as atividades de forma gradual, mas em Montes Claros ainda não existe uma previsão para o retorno.

Por causa disso, os profissionais da área mobilizam uma manifestação para o dia 22 de outubro, a partir das 16h, com uma passeata que reunirá técnicos, produtores, artistas e outros agentes da indústria do entretenimento, que sairão da loja de conveniência BR Mania e seguirão até a porta da Prefeitura Municipal.

De acordo com Rodrigo Marques, presidente da Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (Amee), o objetivo é unir as forças com profissionais e empresas do segmento para gritarem por ajuda ao poder executivo municipal.

“O setor cultural é responsável por 13% do PIB brasileiro, e, incluindo os eventos, emprega 5,2 milhões de trabalhadores. E não há nada que possamos fazer sem que exista um faturamento. Os caixas das empresas estão zerados, não há previsão de receita, mas as responsabilidades e contas continuam existindo”, diz o profissional, que, além de presidir a associação, possui uma empresa de montagem de estruturas.

Ainda segundo ele, a Amee entende a complexidade do momento e revela que um planejamento está sendo feito para que todos os cuidados para evitar o aumento de casos de Covid-19, estão sendo tomados.

Para participar da mobilização, a Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (Amee Norte),  pede que os profissionais estejam no BR Mania, vestidos de preto, às 15h. Para o diretor da entidade, Luís Fernando Aguiar Nobre, o objetivo é destacar a importância do setor para a economia.

“O intuito não é atrapalhar a rotina da cidade, mas sim chamar a atenção do poder público e da sociedade para a importância do setor de eventos para a cultura, o entretenimento e à economia. Não é só festa. É trabalho, é economia, são vidas. Por isso, vamos fazer a nossa passeata pacificamente e todas as autoridades competentes já foram comunicadas”, destaca.