Copasa diz que sistema de captação do Rio Pacuí está em fase de testes; mas racionamento continua

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O término das obras do Sistema Pacuí, orçado em R$ 88 milhões, irá beneficiar os quase 200 bairros de Montes Claros. As obras tiveram início em agosto do ano passado e, segundo a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), entraram em pré-operação este mês. “O novo sistema se encontra em fase de testes, podendo provocar reflexos no abastecimento da cidade. O rodízio continua sendo realizado, conforme divulgado no site da Companhia”, destaca a nota oficial da empresa.

A Companhia informou ao Portal WebTerra que ainda não tem previsão do início definitivo da operação de captação de água no Rio Pacuí para Montes Claros. A dúvida sobre a operação de captação de água no Rio Pacuí surgiu nesta semana, quando a água não teria faltado na cidade durante toda a semana. “Achei que já tivessem colocado a sistema de captação em funcionamento, pois não faltou água um dia sequer esta semana. É até engraçado falar isso, mas ficamos surpresos que a água não faltou e nos causou surpresa. Uma ótima surpresa”, explica a moradora do bairro Canelas, Fernanda Fonseca que, assim como todos os moradores da cidade, convive com a falta d’água há quase três anos.

No último pedido feito pelo Portal WebTerra no dia 14 de agosto, a Barragem da Copasa, em Juramento, estava com 30,56% do índice de armazenamento total de sua capacidade neste período de estiagem. Em 31 de agosto de 2017, este número era de 20,60%.

A companhia informou também que a participação da população é de vital importância para manter os níveis seguros de abastecimento na cidade e mudar simples hábitos de desperdício de água fazem toda a diferença e ajudam a manter os níveis do reservatório seguros. “O uso consciente da água é importante em qualquer estação do ano. Atitudes simples como lavar o carro com balde de água no lugar da mangueira; deixar a torneira fechada enquanto escova os dentes; tomar banhos rápidos, suficientes para a higiene corporal; molhar plantas com regador e não lavar o passeio com mangueira fazem toda diferença”, explicou a nota da Copasa.

O rodízio em Montes Claros começou no dia 12 de outubro de 2015. Com o seu término, a captação do Rio Pacuí irá de 340 litros por segundo e irá atender 35% da demanda por abastecimento de água potável em Montes Claros, cidade com mais de 400 mil habitantes, segundo o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  “A estrutura prevê dois quilômetros de adutora de água bruta, captada no rio, até uma Estação de Tratamento de Água (ETA), de onde será encaminhada para o reservatório de distribuição em Montes Claros, por meio de 54 quilômetros de redes”, explicou a nota emitida em agosto passado.

 

Manutenção da vazão do rio

A bacia do rio Pacuí possui três estações pluviométricas para a medição dos níveis da água, vazão e velocidade. Essas estruturas forneceram dados de pelo menos 20 anos, o que permitiu à Copasa realizar estudos e verificar a viabilidade da captação. A retirada de água para o abastecimento público mantém a regularidade da vazão natural do rio, o que não prejudica a população ribeirinha.

Em agosto de 2017, o Instituto Mineiro de Gestão de Águas (IGAM) emitiu outorga de 345 litros de água por segundo, o que corresponde ao máximo a ser captado, desde que ainda se preserve os 399 litros por segundo de vazão residual mínima do Pacuí. Essa é a garantia de que os outros usuários do rio não serão prejudicados, pois a captação de água para Montes Claros não afetará a regularidade do rio.

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