O Gaeco/MPMG, a Polícia Militar e Polícia Civil realizaram uma operação, no Norte de Minas, com o objetivo de combater aos crimes de estouros de caixas eletrônicos. As investigações começaram em 2016, após duas ações, no Aeroporto de Montes Claros.
25 mandados de prisão foram expedidos e 20 foram cumpridos. Desses 20, 11 foram presos dentro dos presídios regionais de Montes Claros e Janaúba. Cinco suspeitos seguem foragidos. Além disso, 44 mandados de busca e apreensão também foram executados em Janaúba, Grão Mogol, Francisco Sá e Montes Claros, inclusive nos Presídios e Penitenciárias.
“A Polícia Civil e o Ministério Público estavam atentos e preocupados com os crimes de estouros. Nossas investigações iniciaram em 2016, quando aconteceram os dois estouros no Aeroporto de Montes Claros. A partir de então, começamos a procurar características em comum com os demais crimes”, relata a delegada de Polícia Civil, Thalita Caldeira.
Todos os presos faziam parte da mesma organização criminosa, que era comandada pelo líder, preso no Presídio Regional de Montes Claros, em 2016, por homicídio e roubo e transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá.
Quatro celulares foram apreendidos nos presídios de Montes Claros e Janaúba. Segundo o Promotor Coordenador do Gaeco, Diego Piovanelli, não há indícios de prática de corrupção nas prisões que os mandados foram cumpridos.
A Penitenciária de Segurança Máxima em Francisco Sá tem sinal de celular desde 2014.
A mesma organização é responsável pelo o estouro de caixa em Capitão Enéas, em 2016 e também em Francisco Sá. Além de furtos em propriedades rurais em Montes Claros.
Efetivos
A Polícia Militar empresou 100 policiais, 20 viaturas, além de uma aeronave e do apoio canino.
“Nós começamos a realizar um trabalho para prevenir a reincidência desses crimes de estouro. Em 2016, foram 31 ataques a caixas, já em 2017 esse número caiu para 17 ataques e até hoje, em 2018, registramos quatro, incluindo tentativas, que não chegaram a culminar em um estouro”, conta o Tenente Coronel Gildásio Rômulo.
Já a Polícia Civil empenhou 65 policiais, 24 viaturas, uma aeronave e apoio canino.
Durante as investigações foi descoberto que o líder preso que determinava os locais explodidos, além disso, muitos explosivos eram feitos na prisão.
Cidade Tranquila
Segundo o Delegado Regional, Renato Nunes, operação como esta deixa a cidade mais tranquila.
“As operações têm efeito pedagógico, então sempre impacta na segurança pública. Estamos perto de falar que o Norte de Minas erradicou esse tipo de crime”, afirma.
Operação Blindado
A Operação foi intitulada “Blindado” em referência a um carro apreendido, usado pela organização e era blindado. Ele foi adquirido de maneira duvidosa e era usado nos estouros de caixa e em outros crimes.
De acordo com o Tenente Coronel Rômulo, a maioria dos mandados foi cumprida, nos bairros Independência, Grande Santos Reis e Conferência Cristo Rei