Empreendedoras mirins fazem sucesso em escola de Montes Claros

O empreendedor é definido como uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões. Algo certo nessa teoria é que não existe idade pré-definida para começar a empreender. A Ana Julia Cordeiro Oliveira e a Ana Alice são exemplos disso.

As garotinhas, com apenas dez anos, já fazem pulseiras, anéis e colares de miçangas. Depois de prontos, elas vendem para as colegas de escola durante os horários de saída e intervalos.

Exemplo de muita determinação e eficiência das pequenas, que enchem os pais de orgulho. Segundo o Carlos Roberto de Oliveira Junior, pai da Ana Júlia, a atividade começou depois que a criança ganhou um presente.

“Em dezembro, quando a Ana Júlia fez aniversário, ela ganhou de presente de um tio, um kit para fazer peças de miçanga. Desde então a atividade começou. Tanto eu, quanto a mãe vemos a atividade como um hobby, em que não visamos lucro, apesar disso, com as vendas, a minha filha já obtém lucro para a aquisição de novos materiais”, afirma.

A Ana Julia, por sua vez, que já se mostra uma profissional, fala um pouco sobre o processo de confecção das peças.

“Compro novas miçangas sempre que necessito. Vou a uma loja e escolho os modelos que mais acho bonitos e depois monto as pulseiras. Tento combinar miçangas por modelos e cores e caso não goste do resultado, refazemos”, relata.

E mesmo sendo pequena, quando questionada sobre os valores das peças, que variam de R$1 a R$5, a jovem empreendedora já tem uma reposta na ponta da língua.

“Meus colegas me questionam sobre o preço, mas quando isso acontece, explico que o valor varia porque tem algumas miçangas que são mais caras e outras mais baratas, o preço final depende do quanto gastei para confeccionar”.

E completa comentando sobre a parceria com a outra criança.

“E eu a Ana Alice somos colegas de escola, e ela me ajuda tanto a fazer as peças, como também a vender”.

De acordo o Sebrae Nacional, o empreendedorismo pode ser aprendido e ensinado, e quanto mais cedo isso ocorrer, maior será a visão empreendedora.

O Coach, que também é mestre em administração e programador neurolinguístico com certificação internacional, Antônio Carlos Soares, destaca que os pais têm uma importância nessa perspectiva.

“As crianças crescem vendo e ouvindo os pais. Então, tudo aquilo que é dito ou feito vai impactar diretamente na formação da personalidade dos pequenos. Por isso é necessário que os pais desde cedo falem para os seus filhos sobre empreendedorismo, mesmo que de uma maneira simples, incentivando-os a ter um próprio negócio”, explicou.